O desmatamento, é a ação de remover a vegetação nativa de uma área, muitas vezes para atender às necessidades humanas.
Desde a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, explorando o pau-brasil, até a Revolução Industrial no século XVIII, o ritmo do desmatamento tem acelerado de forma alaravemante.
Hoje, o Brasil, juntamente com outros países tropicais, enfrenta taxas elevadas de desmatamento.
As principais causas incluem:
- Agronegócio: Responsável por cerca de 80% do desmatamento mundial, a expansão da agricultura e pecuária tem sido uma das principais ameaças às florestas.
- Urbanização: O crescimento das cidades e a necessidade de infraestrutura levam à remoção de grandes áreas de vegetação.
- Exploração Madeireira: A demanda por madeira, especialmente madeira de lei, continua a ser uma causa significativa de desmatamento.
Desde 1970, o Brasil perdeu impressionantes 18% de suas florestas, uma área equivalente a vários estados. E, embora haja anos de redução nas taxas, o desmatamento tem aumentado consistentemente.
Consequências do Desmatamento
- Perda de Biodiversidade: Com o desmatamento, muitas espécies perdem seus habitats, levando a um desequilíbrio ecológico.
- Alterações Climáticas: As florestas desempenham um papel crucial na captura de CO2. Sem elas, enfrentamos um aumento nas emissões de gases de efeito estufa, intensificando o aquecimento global.
- Degradação do Solo: Sem vegetação, o solo fica exposto à erosão, levando à desertificação e perda de solos férteis.
- Impacto nos Recursos Hídricos: O desmatamento afeta o ciclo da água, levando ao assoreamento dos rios e alterações no regime de chuvas.
O Caminho para a Sustentabilidade
Apesar das justificativas econômicas para o desmatamento, como o agronegócio, estudos mostram que não é necessário desmatar para produzir alimentos. A solução está na intensificação da agricultura e na implementação de medidas de proteção.
A conservação florestal é fundamental para uma economia de baixo carbono. As florestas não são apenas “pulmões verdes”, mas também guardiãs da biodiversidade, protetoras dos solos e reguladoras do clima.
O desmatamento é mais do que uma questão ambiental; é uma crise que afeta todos nós. Em 2016, o mundo perdeu cerca de 29,7 milhões de hectares de floresta, um aumento de 51% em relação a 2015. Se continuarmos nesse ritmo, as gerações futuras enfrentarão um planeta irreconhecível.
É hora de agir. É hora de reconhecer a importância das florestas para o nosso bem-estar e futuro. Juntos, podemos encontrar soluções sustentáveis e proteger nosso planeta.
O desmatamento provoca também a proliferação de pragas e doenças, desertificação, assoreamento de rios e lagos.
Antropólogos chamam ainda a atenção para perda de conhecimento específico de populações indígenas e tradicionais que vivem na região há décadas e que contribuem diretamente com o desenvolvimento dos serviços ecológicos da Amazônia.
Fogem para os perimetros urbanos e pode acosionar aumento de pragas em regioes urbanas.
Desmatamento e o aumento de Pragas Urbanas:
A interferência humana nos ecossistemas naturais, especialmente através do desmatamento, tem consequências maiores do que muitos imaginam. Uma dessas consequências é o aumento de doenças transmitidas por vetores, como a malária, que tem uma relação suspeita, porém significativa, com o desmatamento.
A malária, causada pelo parasita Plasmodium e transmitida por mosquitos, é responsável pela morte de mais de um milhão de pessoas anualmente. No Brasil, a história da malária tem sido uma montanha-russa. Após uma redução drástica graças aos esforços de controle, observamos um ressurgimento preocupante. Novos 600 mil casos foram registrados anualmente na bacia amazônica. E o que mudou? O ritmo acelerado de desmatamento e expansão agrícola.
Mas como exatamente o desmatamento influencia o aumento de pragas e doenças em áreas urbanas?
Pesquisas realizadas na Amazônia peruana fornecem algumas pistas.
Foi observado que poças d’água morna, parcialmente protegidas do sol – como as encontradas à margem de estradas abertas em florestas – são ideais para a proliferação de larvas de mosquitos. Além disso, a água acumulada entre detritos, que anteriormente seria absorvida por árvores em florestas intactas, agora serve como criadouro para mosquitos.
O desmatamento, ao alterar o equilíbrio ecológico, cria ambientes propícios para a proliferação de transmissores de doenças.
A remoção da vegetação nativa e a consequente exposição do solo também podem levar ao acúmulo de água, criando mais habitats para mosquitos e outras pragas. Além disso, a movimentação humana em áreas recém-desmatadas, seja para habitação ou agricultura, aumenta o contato entre humanos e esses transmissores.
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